E quando o povo dizia
Seria oito ou oitenta
No fundo bem sabia
O que só podia ser
Era sempre exagerada
Se sentia confortada
De viver pelo extremo
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Só um favor. Da próxima. Não tenta entender. Isso é o melhor que pode fazer [por você]. Permitir-se não compreender aquilo que não é de se explicar. Nem tem cabimento. Mas é assim mesmo. Só sentimento. É de aceitar, ainda sim. Por isso, um favor. Vê se não pensa. E nem questiona. Entra logo. De vez. Assim sem bater.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
domingo, 28 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Em uma tarde qualquer com aquele cheiro de poeira batida, bom é sentir os pés no chão. Arrastá-los até o quintal alheio. E, de forma discreta, recolher letrinhas do varal. Desejo mesmo é usar somente isso. Assim, vou sair por ai descalça. Sentir-me invisível. Andar na rua só com as palavras certas pelo corpo. Bem vestida de poesia.
Mente completamente volátil de demandas temporais com grande probabilidade de obsolescência. Isso tudo devido a uma constante inovação. Ou seja, não dá mais para estocar tanta besteira nessa minha cabeça. Já é hora de reduzir a produção descontrolada dos pensamentos inúteis. Quase sempre guardados na caixolinha aqui.
[um rabisco bem inútil enquanto estudo gestão da produção]
[um rabisco bem inútil enquanto estudo gestão da produção]
domingo, 21 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Por vezes, eu me sinto um verdadeiro quarto de criança com o chão completamente desarrumado. Acho que sou mesmo é um brinquedo com peças que foram espalhadas para os todos lados. Daquelas que dão preguiça absurda de juntar. Tantos são os encaixes e desencaixes. Possibilidades quase infinitas. Às vezes, parece ser bem maleável. Outras, nem tanto. Mas é justamente em dias assim que penso se é possível botar ordem nisso tudo. Reunir essa tralha para colocar cada pecinha em seu devido lugar. No fundo, eu imagino mesmo é se não há uma peça perdida por ai. Uma peça essencial esquecida no tempo [ou embaixo do tapete].
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Deixaria-se roubar daquela vez. Não sentiria medo algum. Porque, na verdade, tinha uma necessidade urgente de perder o controle. E, além de tudo, considerava-se distante demais das almas boas. Então, certas vezes, desejava ultrapassar aquilo. Caso contrário, seria uma pessoa condenada a viver sempre do mesmo lado. Mas assim não. Era a sua chance de ver como vivem as pobres almas. Todas violentadas. Era o momento de atuar em um outro papel. Lamentar-se. Era agora a vítima. Sim, era hora de ser a vítima da decisão alheia. Sabia que ao perder as rédeas abdicaria do seu destino para que outros o conduzissem. Antes, acreditava que tudo estava sempre firme em suas mãos. Mas só até aquele dia. O dia em que se faria assaltar para não morrer de culpa e tédio.
[conclusões insanas, durante sessão produtiva de análise]
[conclusões insanas, durante sessão produtiva de análise]
terça-feira, 16 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
domingo, 14 de outubro de 2007
sábado, 13 de outubro de 2007
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
terça-feira, 9 de outubro de 2007
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Pois, nela jazia o próprio eco. E, o seu maior desespero era gritar com toda a força possível e não conseguir ouvir a sua voz. Isso porque havia bem mais que empenho naquele grito. Havia também as veias que pulavam na garganta, uma face encarnada, as palpitações aceleradas e uma visão bastante desorientada. Todos os sintomas, contudo, não seriam suficientes. Por mais inflamada de medo. Por maior que fosse a exaltação. Em cólera. Não poderia jamais produzir qualquer tipo de som. Nunca. Todo o esforço teria sempre um único resultado. O mesmo. Era o silêncio. Cada vez mais presente. Em sonhos regularmente mudos.
domingo, 7 de outubro de 2007
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Ouvia o silêncio. Mas a noite estava inquieta. Pegou o copo. Pôs apenas duas pedras de gelo. Era o costume. Segurava a garrafa bem firme. Não adiantava. O homem tinha as mãos trêmulas. Era um impaciente. Sempre derramava parte do líquido para fora do recipiente. Era o mesmo ritual. Isso o fazia responsável pelo som noturno que ouvia. Lembrou o quanto estava só. Era tão sozinho o tal infeliz que poderia ouvir o eco em sua alma. E, na ausência de um par, sentia aquela perturbação tola. Mas não muita. Lembrou que isso o tornava um ser humano. Igual a todos os outros tolos. Por isso, podia parar de pensar um pouco naquele momento. Ele precisava beber cada gole bem devagar. Queria é sentir o queimar da bebida na sua goela seca. A garganta já era viciada no ardor do álcool. Era essa a sua penitência. E, assim seria, diariamente.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
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