segunda-feira, 30 de novembro de 2009

o que faria?
se fosse sua
se fosse minha
eu guardaria
eu a daria
para nós dois
aquela lua
naquele dia

sábado, 28 de novembro de 2009

as vezes
faz um som
de ventania

domingo, 15 de novembro de 2009

uma vida corrida
parei para pensar
lembrei de você

domingo, 8 de novembro de 2009

os conflitos
nunca acabam
só os guardo
para depois

domingo, 4 de outubro de 2009

a voz
é baixa
a palavra
é calma
a risada
é contida
as lágrimas
da alma
e se ela
se desespera
sem razão
vive presa
tem pressa
de vida,
de cores,
de dúvidas,
de dívidas,
de dores,
de tudo,
de nada,
do sim,
do não

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

disciplina
preciso

sábado, 26 de setembro de 2009

há tempos não bebia
uma boa cerveja gelada
em um lugar particular
com um barulho danado
e um garçom afobado
a cara do meu lugar

sábado, 12 de setembro de 2009

Um lindo dia, um clima bom, uma preguiça monstra.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Aviso - Urgente - Ao meu amigo - Tiago Buarque - [ou Comp] - Por aqui - Tá tudo certo - Além disso - Saudade

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Quando se torna mais fácil justificar um mal feito do que reconhecer a existência do mal, há algo fora do normal. Por acaso, vale tudo?

domingo, 16 de agosto de 2009

Para mim: há tempos não me vejo. Não converso comigo. Não convivo comigo. Não me pergunto algo. Não me revelo algo. Não me dedico a mim. Não sei de mim. Andei me ocupando de outros. Estou cansada. Sinto-me exausta. Esgotada. Hoje, eu entendi. Não preciso mostrar o meu melhor. Aliás, não preciso me mostrar. Então, até logo. Eu vou já. Vou me rever por ai. Trocar uma idéia.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

de vez
em quando
preguiça

quarta-feira, 29 de julho de 2009

não vejo vida
nas flores
não me exalam
a sorte
sinto o veneno
das cores
irradiantes
e belas
só me revelam
a morte

segunda-feira, 27 de julho de 2009

the less I know,
the best is my soul

quinta-feira, 23 de julho de 2009

the older I get,
the less I know

segunda-feira, 20 de julho de 2009

é pequena, tão pequena,
a cada dia encolhendo
quanto mais conheço
menor a criatura está
é incapaz, ela não faz
questão alguma de amar
de tão pequena que é,
é capaz de, minúscula,
sumir da mapa [já já]

sábado, 4 de julho de 2009

não, eu não
não vou não
vou ficar aqui
estou bem assim
então tá, é isso
o melhor de mim

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Há dias feitos
para se encolher
Ai se eu pudesse
escolher o meu

terça-feira, 2 de junho de 2009

pior
que o frio
lavar prato
no frio

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Inutil Paisagem (por Elis Regina)
Composição: Tom Jobim/Aloysio de Oliveira

Mas pra que
Pra que tanto céu
Pra que tanto mar,
Pra que
De que serve esta onda que quebra
E o vento da tarde
De que serve a tarde
Inútil paisagem
Pode ser
Que não venhas mais
Que não voltes nunca mais
De que servem as flores que nascem
Pelo caminho
Se o meu caminho
Sozinho é nada
É nada
É nada

terça-feira, 26 de maio de 2009

é moda
é hora
é roda
rodopiar

segunda-feira, 18 de maio de 2009

aaaaa, aaaaaa, aaaaaa, aaaaaatchinnnnn!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

antes de descansar de mim, deixe-me relaxar no silêncio da sua ausência, ignorar minha carência, para esquecer a presença, cada vez mais distante [em mim].

sexta-feira, 8 de maio de 2009

não quero isso
nem no começo
não te conheço
nem por inteiro
nem por um terço

segunda-feira, 27 de abril de 2009

ê vida,
a do pipoqueiro
é uma verdadeira graça
foi pra rua cedinho
na labuta o dia inteiro
lá vai ele, domingo à noite,
o danado do pipoqueiro
levando o seu carrinho
na paulicéia desregulada

olha ele, no meio da praça
quem quer pipoca? quem quer?
é um real, é baratinho
lá vai o pobre coitado ali
subindo outra ladeira
devagarzinho
olha o homem da pipoca
que pelas ruas passa
empurrando o seu carrinho
hoje é seu dia de sorte

enquanto isso, um cidadão
dirige velozmente sua máquina,
na contramão,
lá vem o louco, sem atenção,
bateu no pipoqueiro
que confusão!
para um lado,
voaram as pipocas,
para o outro, óleo e botijão
o vidro estilhaça
o carrinho amassa

o povo se junta
e alguém pergunta
de quem é a culpa?
uns gritaram,
é do bêbado
outros dizem,
é da cachaça
há quem ouse,
é do pipoqueiro

do pipoqueiro?
o trabalhador brasileiro
estava ali vivo, tremendo
ficou parado, atônito
agradeceu a Deus
por muito pouco
com muita sorte
salvou-se da desgraça

sábado, 25 de abril de 2009

há ausência
de poesia
em mim
a ausência
é presença
em mim
de poesia
ausente
em mim
não existe
só poesia
em mim
só existe
a presente
ausência
[de mim]

sexta-feira, 24 de abril de 2009

My tea's gone cold, I'm wondering why
I got out of bed at all
The morning rain clouds up my window
and I can't see at all
And even if I could it'd all be grey,
but your picture on my wall
It reminds me that it's not so bad,
it's not so bad

(Thank you, Dido)


quarta-feira, 15 de abril de 2009

sonhei com trabalho.
circulação de revista.
tem algo errado.
são paulo?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Patienceless

sexta-feira, 20 de março de 2009

oh me,
oh my,
oh dear

quinta-feira, 19 de março de 2009

ei,
você ai
que me lê
sei como
quando
e porque

quarta-feira, 18 de março de 2009

se acaso esquecer
a tal porta aberta
feche com cuidado
deite ao meu lado
e só mesmo assim
estarei coberta
temporal em sp
shampoos suicidas
pularam do 11º

quarta-feira, 11 de março de 2009

meu bem,
pega o violão
e me toca logo
uma boa bossa
que essa lua
é toda nossa
me aguarda ai
olha pro céu
na sexta-feira
estou chegando
um coração
desatento
ao amor
faz silêncio
no seu canto
ele inventa
por enquanto
o seu próprio
sofrimento
desalento
desengano
todo encanto
vive apenas
um momento
a rede
balança
lançando
o convite
pra mim
Je m'appelle
aprendizado
do zero
novamente

sexta-feira, 6 de março de 2009

quando criança, nas tardes mais ociosas, costumava juntar um monte de goiabas lá de casa, pois tínhamos uma goiabeira, além de alguns manguitos da vizinha e colocava tudo para vender no muro. depois de lavadas, claro. vendia também a água do filtro de barro em sacos de sacolé com um nozinho na ponta. era água gelada, pois colocava no isopor. aproveitava a boa localização da casa, estrategicamente na ladeira, para faturar em cima daqueles cansados e sedentos cidadãos que por ali passavam. até conseguia uns trocados, mas mal me lembro como os gastava. era tudo brincadeira. isso não durou muito. hoje, mudou muita coisa. a goiabeira morreu. as mangueiras da vizinha foram arrancadas pela nova proprietária da casa. não moro mais lá. não gosto mais de manga. não gosto mais de goiaba. aliás, não suporto ambas.

quarta-feira, 4 de março de 2009

esse ar
corre solto
longe de mim
que me resta?
o calor apenas
e a solidão

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Água morna me incomoda. Demais.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

ei, você ai
não é a vida
que eu pedi
não foi isso
que planejei
você não cumpriu
o que prometeu
não tem palavra
causou danos
disse que podia
mas não ouviu
o que eu pedia
e a sua vida
nunca me deu
os meus planos
você esqueceu
e agora?
já acomodou?
esqueceu também
que aqui estou
acorda, menina
eu sou você
e você sou eu

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

não há controle
do incontrolável
há sentimentos
são indomáveis

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

mais perto
quero mais

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

a torre
de livros
despencou
anunciou
a morte
dizem ai
má sorte
do pobre
do cactus

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

na paulicéia cai o céu
fiquei presa no trabalho
e agora? o que será?
o trânsito vai me atrasar
vou perder o espetáculo
os trovões do cemitério
os raios no descampado

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

não ria
que a dor
é fria
arredia
atravessa
a garganta
fechada
vai passando
calada
arrasando
tudo
arrancando
nada
o estômago
vazio
estraçalha
as vísceras
retalha
os ossos
corrói
ai, ai,
isso dói
dói demais

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

ô, sono
da peste

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

até então,
rodízio pra mim
só de carne

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

corre sim o tempo
sem calma ou pressa
corre assim, isento,
leva a vida nessa
de ser meu dono,
o dono das horas

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

é lá do alto
quase sem querer
me pego espiando
vejo pela janela
vigio os mortos

domingo, 4 de janeiro de 2009

voltar
para casa
casa?
o lar
estranho
o lar