segunda-feira, 27 de abril de 2009

ê vida,
a do pipoqueiro
é uma verdadeira graça
foi pra rua cedinho
na labuta o dia inteiro
lá vai ele, domingo à noite,
o danado do pipoqueiro
levando o seu carrinho
na paulicéia desregulada

olha ele, no meio da praça
quem quer pipoca? quem quer?
é um real, é baratinho
lá vai o pobre coitado ali
subindo outra ladeira
devagarzinho
olha o homem da pipoca
que pelas ruas passa
empurrando o seu carrinho
hoje é seu dia de sorte

enquanto isso, um cidadão
dirige velozmente sua máquina,
na contramão,
lá vem o louco, sem atenção,
bateu no pipoqueiro
que confusão!
para um lado,
voaram as pipocas,
para o outro, óleo e botijão
o vidro estilhaça
o carrinho amassa

o povo se junta
e alguém pergunta
de quem é a culpa?
uns gritaram,
é do bêbado
outros dizem,
é da cachaça
há quem ouse,
é do pipoqueiro

do pipoqueiro?
o trabalhador brasileiro
estava ali vivo, tremendo
ficou parado, atônito
agradeceu a Deus
por muito pouco
com muita sorte
salvou-se da desgraça

sábado, 25 de abril de 2009

há ausência
de poesia
em mim
a ausência
é presença
em mim
de poesia
ausente
em mim
não existe
só poesia
em mim
só existe
a presente
ausência
[de mim]

sexta-feira, 24 de abril de 2009

My tea's gone cold, I'm wondering why
I got out of bed at all
The morning rain clouds up my window
and I can't see at all
And even if I could it'd all be grey,
but your picture on my wall
It reminds me that it's not so bad,
it's not so bad

(Thank you, Dido)


quarta-feira, 15 de abril de 2009

sonhei com trabalho.
circulação de revista.
tem algo errado.
são paulo?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Patienceless