segunda-feira, 30 de julho de 2007

Una vita ordinaria
Settimana ordinaria
Lunedì ordinaria
Una sera ordinaria
È davvero ordinaria
Questa luna piena
Che è arrivata
Un poco oscena
Soltanto immorale
Così pornografica


domingo, 29 de julho de 2007

Tão escuro. Tão acinzentado. Tão domingo. O mesmo.
Tão lindo. Tão azulado. Tão domingo. O dia.

sábado, 28 de julho de 2007

Sem pressa
E você?

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Perdoe-me
Idéia fixa
Eu bem tento
Esquecer
A sua voz
Baixa
Pausada
E rouca
Mas a razão
É pouca
Ou nenhuma
É o motivo
Para não ouvir
Qualquer outra

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Tem o carroceiro
E o pescador
Tem o jornaleiro
E o camelô
Tem o banqueiro
E o inspetor
Tem o bêbado
E o jogador
O povo inteiro
Até o doutor
No velho puteiro
Daquele senhor
Ali no centro
Come on closer
I wanna show you
What I'd like to do


(Come on closer, Jem)

terça-feira, 24 de julho de 2007

Os olhos do gato
Carregados do dia
Carentes da noite
Dilata suas pupilas
Pronto pra atacar
Escrever. Arrepender-se. Apagar. Seguir. [Moving on]
(devidamente apagado)


segunda-feira, 23 de julho de 2007

Dia de lembrar (ou de esquecer) os meus (28) anos de neuras.

sábado, 21 de julho de 2007

Sossego é quase uma iguaria. Difícil de encontrar. Geralmente, custa muito. Mas existe.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Triste é saber que ninguém
Pode viver de ilusão


(Triste, Tom Jobim, por Elis)

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Eu vi o homem
O negro sentado
Debaixo da árvore
Na beira do canal

O velho homem
Bastante cansado
Cachimbo na mão
Fazendo um sinal

(de fumaça, em plena Agamenon)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Tenho o azul desta vida
Tenho a poesia da estrada
Tenho o medo da subida
Tenho a queda da escada

Tenho o sozinho tão seguro
Tenho a emoção na janela
Tenho o receio do escuro
Tenho a solidão que é bela

Tenho a razão pra pensar
Tenho o momento indeciso
Tenho o coração sem doar

Tenho a alegria sem riso
Tenho até tempo pra achar
Palavras que eu não preciso

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Sem memória do horizonte. Impossível sentir a areia. Inviável tocar a brisa. Nunca novamente a água. Não descrevo mais o mundo.

Se eu pudesse ver o mar. De novo. Pela primeira vez.
A vida, meu amor, é uma grande sedução onde tudo o que existe se seduz." (C.L.)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Uma página em branco é tão difícil quanto um futuro pela frente.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Escolhas. O problema é só seu.

terça-feira, 10 de julho de 2007

*
Encontra. Pode. Vê. Escreve.
Tem. Costuma. Possui. Faz.
É. Mostra. Vive. Acostuma.
Fica. Foge. Busca. Medita.
Luta. Deseja. Aceita. Dorme.

(*) o mesmo
Este cheiro de cigarros
desses que não fumei
perfuma meus cabelos
com aroma da saudade
que eu nem sinto mais

domingo, 8 de julho de 2007

Com apreço e vaidade
Quando muito me convém
Eu esqueço a verdade
É uma forma de desdém
Tem o preço da maldade
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no desconhecido, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender. A vida ultrapassa qualquer entendimento" (Clarice Lispector)

sábado, 7 de julho de 2007

Se é já tarde para o silêncio, eu sinceramente não sei. Entender razões não é lá o meu forte. Aliás, o não saber soa pra mim como uma verdade costumeira. Daquele tipo de idéia que nem se questiona mais, só se aceita. Mas, aceitar um fato tão corriqueiro não seria na realidade uma covardia? Não é errado? No entanto, o que é certo? Mais uma vez, eu não sei. Eu apenas aceito a impossibilidade de compreender tudo no mundo. Eu não entendo nada. Mas não entender pra mim é um fato já sabido.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Neste momento,
simplesmente,
preguiça de ser.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Quando os pensamentos borbulham.
É sinal de que a mente já ferveu.
Eu acho que tá na hora de apagar.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Quem é assim
De sol e de lua
E vive essa dúvida
Na rua, às cinco
Sonhe por mim
Meu caro ninguém (ou a um certo alguém),

Não sei bem quem é você pra saber que é bem tímido, mostra uma vontade urgente de ser, vive uma angústia cortante, acostuma com a tristeza corrente, encontra felicidade no mais simples, pode eternizar a realidade com um olhar, vê muita beleza nas palavras, escreve com contradição, fica contente com gestos bobos, foge dos sentimentos mais previsíveis, busca a paz no momento, medita sem falar com o Deus, luta contra o chamado destino, deseja encontrar o seu melhor, aceita aquilo que tem de pior, dorme tranquilamente, ocasionalmente, tem a pele misturada com a minha e um cheiro bom de homem, costuma sorrir de forma inesperada, possui o beijo bem doce (extraído da minha amargura) e, por fim, faz muita diferença só por existir.

Não, eu não o conheço o bastante.

Eu

segunda-feira, 2 de julho de 2007

É muito difícil
Mas é uma tentativa
De dizer "bom dia"
Pra começar bem
Em plena segunda

domingo, 1 de julho de 2007

Paliativos supostamente deveriam aliviar aquilo que não tem mais jeito. Mas, não. Não me aliviam em nada.