segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

tem dias
que a gente
não sente

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

viva a democracia

terça-feira, 19 de outubro de 2010

a agonia. a vida. o tormento. o fim.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

eu sou assim
agitada que só
a gota serena

terça-feira, 29 de junho de 2010

ela
não
come
quente
nunca
ela só
come
cru

sexta-feira, 18 de junho de 2010

há dias que sinto
uma ânsia de vomitar
jogar em seu colo
lágrimas e palavras
uma vontade incontrolável
preciso expulsá-las
quero derrubá-las
em cima de você
para sentir alívio
nesse meu vazio
que é tão assim
profundo e doloroso
doentio por aceitar
um silêncio imposto
"Se tu pudesses ver o que eu sou obrigada a ver, quererias estar cego"
(Saramago)

terça-feira, 15 de junho de 2010

não
enganam
certas
palavras
sempre
cínicas
repetidas
soam
fracas
vazias
falsas
não
enganam
ninguém
na verdade
quem
me
engana
sou
eu

terça-feira, 8 de junho de 2010

Faz frio
nessa vida
Faz frio
no caminho
E eu aqui
esperando
a vida
passar
tremendo
e sozinho

domingo, 2 de maio de 2010

sinto um imenso desconforto
ao ouvir as palavras calmas
tão irritavelmente calmas
me pedindo tranquilidade
quando não existe paz
quando deixo mentir
sou eu que minto
sei bem o que sou
não reconheço mais

domingo, 24 de janeiro de 2010

Poetas (Florbela Espanca)

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
acordei
não era sonho
era sono
sono pesado
sono profundo
acordei sim
o despertar
olhos abertos
é realidade
os meus limites
são as fronteiras
alheias a você
ao meu sono,
aos meus sonhos,
alheias,
simplesmente,
ao existir,
pois aquilo
que não existe
é a perfeição

a felicidade
é estrada
é apenas
uma passagem
imperfeita
é a vida
nascemos
e morremos
homens
errantes
sonhadores
fracos
machucados
essa cicatriz
é a ferida
ainda aberta

em mim
tem sangue
tem alma grande
tem outra pequena
jorra a dor
da poesia
triste
incerta
do amor
não sabe nada
o que mais quer?
quero apenas
a minha alma
de volta
quero calma
para dormir
em paz

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


aqui

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

cuida
descuida
cuidado
se cuida

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

sou pó
sou poeira
sou eu