Poetas (Florbela Espanca)
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
domingo, 24 de janeiro de 2010
acordei
não era sonho
era sono
sono pesado
sono profundo
acordei sim
o despertar
olhos abertos
é realidade
os meus limites
são as fronteiras
alheias a você
ao meu sono,
aos meus sonhos,
alheias,
simplesmente,
ao existir,
pois aquilo
que não existe
é a perfeição
a felicidade
é estrada
é apenas
uma passagem
imperfeita
é a vida
nascemos
e morremos
homens
errantes
sonhadores
fracos
machucados
essa cicatriz
é a ferida
ainda aberta
em mim
tem sangue
tem alma grande
tem outra pequena
jorra a dor
da poesia
triste
incerta
do amor
não sabe nada
o que mais quer?
quero apenas
a minha alma
de volta
quero calma
para dormir
em paz
não era sonho
era sono
sono pesado
sono profundo
acordei sim
o despertar
olhos abertos
é realidade
os meus limites
são as fronteiras
alheias a você
ao meu sono,
aos meus sonhos,
alheias,
simplesmente,
ao existir,
pois aquilo
que não existe
é a perfeição
a felicidade
é estrada
é apenas
uma passagem
imperfeita
é a vida
nascemos
e morremos
homens
errantes
sonhadores
fracos
machucados
essa cicatriz
é a ferida
ainda aberta
em mim
tem sangue
tem alma grande
tem outra pequena
jorra a dor
da poesia
triste
incerta
do amor
não sabe nada
o que mais quer?
quero apenas
a minha alma
de volta
quero calma
para dormir
em paz
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
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