terça-feira, 29 de abril de 2008

não houve lágrimas presas na garganta
pois, nada foi propriamente dito
nem palavras tolas ou juras de amor
nunca as ouviu, nenhuma delas
não de mim ou da minha boca
da mesma de onde ecoaram
os gritos roucos e sussurros loucos
em um desespero por pouco contido
não, não recordarei mais dos afagos
mas das mãos cravadas no corpo suado
fazendo da sua a minha carne viva
nas unhas carregadas do suor perfumado
da sua pele rasgada e repleta de você

2 comentários:

Madame Mim disse...

Um tesão esse poema, literalmente, :).
Adorei.

MAO // disse...

Uau!