Deixaria-se roubar daquela vez. Não sentiria medo algum. Porque, na verdade, tinha uma necessidade urgente de perder o controle. E, além de tudo, considerava-se distante demais das almas boas. Então, certas vezes, desejava ultrapassar aquilo. Caso contrário, seria uma pessoa condenada a viver sempre do mesmo lado. Mas assim não. Era a sua chance de ver como vivem as pobres almas. Todas violentadas. Era o momento de atuar em um outro papel. Lamentar-se. Era agora a vítima. Sim, era hora de ser a vítima da decisão alheia. Sabia que ao perder as rédeas abdicaria do seu destino para que outros o conduzissem. Antes, acreditava que tudo estava sempre firme em suas mãos. Mas só até aquele dia. O dia em que se faria assaltar para não morrer de culpa e tédio.
[conclusões insanas, durante sessão produtiva de análise]
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3 comentários:
Hum...uma de minhas amigas doidas diz o seguinte: "não dê ibope pra bandido!".
bjos
Querida, o roubar que tava falando não era exatamente o roubar do bandido comum.. mas, é um roubar que rende horas de conversa... Bjs
Mi, sublime, maravilhoso, sensível. Você me emocionou. Coloquei no meu orkut um pedacinho (e dei o devido crédito). Tais cada dia melhor! Vou desenhar o que tu escreve. Tenha certeza. Vou me deixar roubar por suas palavras... ando precisando.
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