domingo, 10 de junho de 2007

Despiu-se lentamente de luz
Na cidade caótica das sombras
Desejava a loucura mais lúcida
Deixou-se devorar sem pudores

Daquele corpo nu do homem perdido
Alimentava-se, nutria sua vaidade
Enchia seu ego de vitória e alegria
Sentiu uma dor profunda, que esvazia

Foi quando tocou as orelhas geladas
Que um dia foram leves, delicadas
Simulavam a morte do sentimento

No sussuro preso do momento
Ecoava um choro seco no silêncio
Cheio de cólera e solidão

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