segunda-feira, 4 de junho de 2007

Na hora da despedida, as palavras foram diretas. Como já existia uma ferida, essa estava novamente aberta. Ao olhar pela janela fria, a paisagem não era a mesma. Estava seca, deserta. Sopravam ares de solidão. Ouvia-se a ausência de sentimento. Se antes havia emoção naquele lugar, agora é uma sala vazia. Mas, lá, além do desassossego, habitava também uma menina. Uma garota discreta. Acreditava em tudo. Acreditava demais. Mais do que devia. Mais do que o permitido. Um dia ela resolveu acreditar que a paixão conserta aquilo que o amor não acerta. Mas, não. Isso não é verdade. Não passa de uma afirmação insana, distante da verdadeira compreensão do mundo. Incerta.

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