terça-feira, 12 de junho de 2007

- Façamos um trato, garota. Agora, eu me apaixono por você e você por mim.

- Tá bem. Nós dois, ambos com a ferida aberta, com os desejos presos, vamos curar a dor do outro. Depois, como punição, sentiremos novamente a dor, mas, dessa vez, virá em dobro.

- Na verdade, acredito que poderemos usufruir dessa dor e transformá-la em prazer.

- Não creio, pois sou prisioneira dela. O prazer se traduz pra mim como o intangível. Digo, o prazer de sentir. Mas, não a dor, a dor é mais real, é vigente, permanente, crescente, tem o controle de mim, eu a sinto por dentro e por fora. Sempre.

Um comentário:

Felipe disse...

Noiva em fuga.

Momento "The Pothead Blues"