tudo novo
novamente tudo
tudo de novo
de novo, o novo
é tudo, tudo
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
domingo, 14 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
terça-feira, 16 de setembro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
"A palavra cortada
na primeira sílaba.
A consoante esvanecida
sem que a língua atingisse o alvéolo.
O que jamais se esqueceria
pois nem principiou a ser lembrado.
O campo – havia, havia um campo?
irremediavelmente murcho em sombra
antes de imaginar-se a figura
de um campo.
A vida não chega a ser breve."
(O fim no começo , Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 2 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
terça-feira, 26 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
"O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição."
(A perfeição, Clarice Lispector)
domingo, 24 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
No meu calendário anual, março e agosto acontecem sem muito propósito. Geralmente, não sabem para que vieram. Isso porque, todos os anos, os dois meses costumam se enfrentar para ver quem leva a pior. Em 2008, contudo, agosto levou março direto à lona no 1º round. Um golpe decisivo. Vou chamá-lo de "o retorno de Saturno". Nocaute.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
sábado, 9 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Há dias, um ruído a perturbava. Um som insistente que a distanciava dos demais. Parecia até que um grito constante estava abrigado nela. Morava nela. Era violento. Ensurdecedor. Tão intenso que agora já não escutava nada. Nada mais. Nem ninguém. Era o silêncio. Abateu-se. Optou pela lucidez. Desistiu da euforia. Agora, não vive mais por ai. Nunca mais ébria por ai. Esconde-se na contenção do ser. Está morta. Quase seca. Aqui jaz uma vida intensa e etérea. De tanto resistir, ela sucumbiu. Dizem que, ainda jovem, morreu de tédio.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
domingo, 3 de agosto de 2008
sábado, 2 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
"Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele."
(Clarice Lispector - trecho de Perdoando Deus do livro Felicidade Clandestina)
quinta-feira, 31 de julho de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
"Certas palavras não podem ser ditas
em qualquer lugar e hora qualquer.
Estritamente reservadas
para companheiros de confiança,
devem ser sacralmente pronunciadas
em tom muito especial
lá onde a polícia dos adultos
não adivinha nem alcança.
Entretanto são palavras simples:
definem partes do corpo, movimentos, atos
do viver que só os grandes se permitem
e a nós é defendido por sentença
dos séculos.
E tudo é proibido. Então, falamos"
(Certas palavras, Carlos Drummond de Andrade)
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Há pouco, levaram o som do meu carro, o meu casaquinho laranja e, o pior, a minha sombrinha vinho de bolinhas brancas. O sujeito que fez isso deve ser um cara bem sedentário, não se incomodou nem um pouco em carregar junto o meu tapete da Yoga.
sábado, 5 de julho de 2008
sexta-feira, 4 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
segunda-feira, 30 de junho de 2008
domingo, 29 de junho de 2008
sábado, 28 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
sábado, 21 de junho de 2008
sexta-feira, 20 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
domingo, 15 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Bom, eu não sei você. Mas hoje eu sou a atual campeã da Copa do Brasil. Esse título, aliás, eu nunca vi. Até então. Agora, há uma promessa a cumprir. Duzentos e dois
quarta-feira, 11 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Eram os momentos finais. Logo, o caixão seria fechado. Naquele último minuto, algo surpreendeu. O defunto suspirou. A viúva ficou boquiaberta. A amante abriu um sorriso. Outros presentes também reagiram. Uns tremeram na base, enquanto os demais gritaram. Não eram gritos de medo, mas de euforia. Aquele movimento tardiamente repentino conseguiu acelerar diversos corações. Era a esperança. O que aconteceria em seguida ninguém tinha certeza. O morto iria levantar ou foi apenas um impulso elétrico?
quarta-feira, 4 de junho de 2008
CV. Grande experiência em inquietação do sono. Formação superior completo em argumentação e MBA em persuasão. Ampla atuação em questionamento de tudo. Habilidade para analisar o impossível. Gerenciamento dos sentimentos. Alto comprometimento com o sonho. Foco nas palavras e pensamentos. Personalidade forte e senso de humor levemente sarcástico. Interesse em resoluções.
terça-feira, 3 de junho de 2008
domingo, 1 de junho de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Duzentos e dois. Não sou de fazer promessas. Costumo ter pendências demais na vida para simplesmente inventar mais uma. Mas, pela força da emoção e da esperança, hoje resolvi abrir uma exceção. Diria inclusive que esse não é um pedido em benefício próprio. Aliás, é por mim sim. Só que não é exclusivamente. É também por pelo menos mais um milhão e meio de pessoas com um desejo comum. A conquista. Não falo de um número redondo. Serão exatos 202 os dias de sacrifício pelo bem de todos. Digo, todos os rubro-negros. Melhor, só os pernambucanos. Em duas semanas, meu time pode ser campeão. Se for mesmo, a partir da data da consagração, só brindarei então na passagem do ano. Decreto aqui a abstinência alcoólica até 31 de dezembro de 2008, em caso de vitória do Leão. Se não der, vou beber para esquecer. Pelo Sport nada? Tudo.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
domingo, 25 de maio de 2008
quinta-feira, 22 de maio de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
O Tarot Semestral virtual(*) me falou: nos próximos meses, você não terá a menor autorização interna para ficar "viajando demais na maionese". Sua alma se direcionará para a realidade prática da existência.
Se não posso "viajar", o que vou escrever por essas bandas?
(*) Para quem nem lê horóscopo em jornal, Tarot Semestral na internet é muita vontade, heim?
Se não posso "viajar", o que vou escrever por essas bandas?
(*) Para quem nem lê horóscopo em jornal, Tarot Semestral na internet é muita vontade, heim?
segunda-feira, 19 de maio de 2008
sábado, 17 de maio de 2008
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
(Futuros Amantes, Chico Buarque)
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
(Futuros Amantes, Chico Buarque)
quinta-feira, 15 de maio de 2008
quarta-feira, 14 de maio de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
Na 5ª série, a professora fazia questão de repetir todo o santo dia. Falava em alto e bom tom: senta direito, menina.Mas não. Ela só fazia o que queria. Sentava-se como bem entendia. E, era um jeito peculiar. As pernas estavam sempre cruzadas para cima. Quase em posição de lótus. Aliás, era assim não. Ainda costuma ser. Até hoje cedo. Quando ouviu a voz grave da dor. E, a cada pontada, ecoa um grito bastante familiar: senta direito, menina.
domingo, 11 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
terça-feira, 6 de maio de 2008
domingo, 4 de maio de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
'Cause he gets up in the morning,
And he goes to work at nine,
And he comes back home at five-thirty,
Gets the same train every time.
'Cause his world is built 'round punctuality,
It never fails.
(A Well Respected Man, The Kinks)
And he goes to work at nine,
And he comes back home at five-thirty,
Gets the same train every time.
'Cause his world is built 'round punctuality,
It never fails.
(A Well Respected Man, The Kinks)
não houve lágrimas presas na garganta
pois, nada foi propriamente dito
nem palavras tolas ou juras de amor
nunca as ouviu, nenhuma delas
não de mim ou da minha boca
da mesma de onde ecoaram
os gritos roucos e sussurros loucos
em um desespero por pouco contido
não, não recordarei mais dos afagos
mas das mãos cravadas no corpo suado
fazendo da sua a minha carne viva
nas unhas carregadas do suor perfumado
da sua pele rasgada e repleta de você
pois, nada foi propriamente dito
nem palavras tolas ou juras de amor
nunca as ouviu, nenhuma delas
não de mim ou da minha boca
da mesma de onde ecoaram
os gritos roucos e sussurros loucos
em um desespero por pouco contido
não, não recordarei mais dos afagos
mas das mãos cravadas no corpo suado
fazendo da sua a minha carne viva
nas unhas carregadas do suor perfumado
da sua pele rasgada e repleta de você
domingo, 27 de abril de 2008
E, mais uma vez, surge o questionamento sobre amor verdadeiro. O sentimento que sempre vem e vai. Efêmero. Mas não. Não me convém tentar respondê-lo. O que de fato sei? As relações são demonstrações de altruísmo mútuo? Ou do mais puro egoísmo? Talvez, até diga sinceramente. Talvez, com um certo desdém.
sábado, 26 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei."
(Clarice Lispector)
* Há dias, passo parte do tempo pensando insistentemente em meus impulsos. Sempre costumo seguir em frente, mesmo quando pressinto um erro. Isso me assusta. Por coincidência, uma querida amiga me enviou por e-mail o trecho acima, que foi escrito por Clarice. Ela disse tudo. Exatamente tudo.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
And you're singing the songs
Thinking this is the life
And you wake up in the morning
and your head feels twice the size
Where you gonna go? Where you gonna go?
Where you gonna sleep tonight?
(This is the life, por Amy Macdonald)
Thinking this is the life
And you wake up in the morning
and your head feels twice the size
Where you gonna go? Where you gonna go?
Where you gonna sleep tonight?
(This is the life, por Amy Macdonald)
sábado, 19 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
No caminho da escola, a São Francisco era uma atração a parte. Diariamente, ela esperava ansiosa o momento em que passaria pelo casarão cinza de portões gigantes de ferro. Era lá que habitava o bicho. E, não importavam as várias paradas frustradas que ainda iriam acontecer, a curiosa menina tinha mesmo a certeza de que o veria a qualquer hora. Assim, o fascínio dela só crescia a cada dia com a imagem imaginária que fazia do grande felino. Ela tanto acreditou no encontro que o tal momento enfim chegou. Na ocasião, a pequena arregalou os olhos castanhos, sentiu as pernas bambas e prendeu a respiração por um instante. Em seguida, a reação da garota foi abrir um sorriso. Era a sua satisfação. Ela viu a fera. Isso marcou a sua infância. Desde então, ela nunca mais esqueceu aquele dia. Muito menos, a casa. Até hoje, passa pelo velho casarão de Olinda. A casa do Leão.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
Não temo a solidão que me acompanha ao longo do dia. A sua presença é a minha paz vestida de silêncio. E, é em seu colo tão aconchegante que descanso o pensamento. É como uma escolha consciente dentre outras mil que guiam os passos da vida até a ausência dela. É quando se aprende a conviver bem com a própria imagem invertida. Pois, só assim é possível enxergar o todo.
sábado, 12 de abril de 2008
sexta-feira, 11 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
quarta-feira, 2 de abril de 2008
terça-feira, 1 de abril de 2008
segunda-feira, 31 de março de 2008
domingo, 30 de março de 2008
sábado, 29 de março de 2008
sexta-feira, 28 de março de 2008
Eu sentei aqui agora para escrever qualquer coisa sobre o nada. Mas, em poucos segundos, já lembrei de algumas coisas que costumam me afastar da ausência de pensamentos e palavras. A questão, na verdade, é que há sempre algo guardado na minha cabeça. Então, hoje, na falta de sono, eu vou desabafar esse desonesto post imaginário que carrego diariamente na mente. É só um pensamento insistente. Uma idéia fixa que me persegue em todos os meus dias. Uma pendência que, no futuro, ainda será chamada de passado. Mas, no presente, não passa de um vômito atordoado e sem qualquer sentido para vocês. E, digo mais, é só um devaneio inútil. Pois, é um sentimento fugaz. Por mim, aliás, devidamente julgado e condenado. Mas falta cumprir a sentença.
quarta-feira, 26 de março de 2008
terça-feira, 25 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
domingo, 23 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
domingo, 16 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
Roubaram-lhe as idéias. E isso a maltratava como nunca. Não pelo roubo em si. Pois, sabia que outras novas viriam. Mas o que lhe fazia mal era a ingenuidade. A sua própria. Ainda sim, a cada uma que lhe era levada, sofria. No fundo, sabia que as idéias não lhe pertencem. Nem a mais ninguém. O mesmo era com as pessoas. Elas são por outras apropriadas. E, ninguém é de ninguém. Assim como as suas idéias. Não são mais suas. Roubaram-lhe as idéias.
quinta-feira, 13 de março de 2008
quarta-feira, 12 de março de 2008
Outro dia, vi você novamente. É verdade. De vez em quando, eu vejo você em outros caras. Lembra? Eu já falei isso para você uma certa vez. De novo, era um moço com o seu perfil. Um novo rapaz. Um outro qualquer. Quando isso acontece, fico aqui só pensando uma mesma coisa. É algo que fica martelando na minha cabeça. Por um bom tempo. Imagino: quantos narizes iguais ao seu eu vou precisar ver até passar uma vontade maluca que tenho de você?
terça-feira, 11 de março de 2008
- Oie. Você tem horas?
- Não uso relógio.
- Ah! Poxa...
- Tá. Vou te dar uma trégua e olhar no celular. São 21h15.
- Obrigado. Mas, diz uma coisa, você vem sempre por aqui?
- Trégua novamente. Venho sim. Sempre que eu preciso de pão.
- Ah! Legal. Eu sou carioca. Achei o Recife lindo. Mas tem gente dizendo que é perigoso. É verdade?
- É verdade.
- Mas não é como o Rio.
- Não, já é bem pior.
- Sério?
- Sério.
- Fala a verdade, é só para espantar os turistas.
- Boa idéia, não tinha pensado nisso.
- Ah! Fala sério, passei cinco dias aqui, fui para balada e não vi violência alguma. Hoje, eu volto pro Rio de Janeiro.
- É?
- É, de madrugada.
- Boa viagem então.
- Obrigado.
- De nada. Agora, tenho que ir na prateleira do leite.
- Ah! Já vai? Então, só uma última coisa. Que horas são mesmo?
- 21h23 [após meter a mão na bolsa e pegar o celular de novo].
- Valeu o papo, garota. Se for ao Rio...
- Aham...
- Tchau.
- Tchau.
Oito minutos de conversa de padaria ou breve teste de boa vontade com o guri na tentativa de um dia me tornar melhor.
- Não uso relógio.
- Ah! Poxa...
- Tá. Vou te dar uma trégua e olhar no celular. São 21h15.
- Obrigado. Mas, diz uma coisa, você vem sempre por aqui?
- Trégua novamente. Venho sim. Sempre que eu preciso de pão.
- Ah! Legal. Eu sou carioca. Achei o Recife lindo. Mas tem gente dizendo que é perigoso. É verdade?
- É verdade.
- Mas não é como o Rio.
- Não, já é bem pior.
- Sério?
- Sério.
- Fala a verdade, é só para espantar os turistas.
- Boa idéia, não tinha pensado nisso.
- Ah! Fala sério, passei cinco dias aqui, fui para balada e não vi violência alguma. Hoje, eu volto pro Rio de Janeiro.
- É?
- É, de madrugada.
- Boa viagem então.
- Obrigado.
- De nada. Agora, tenho que ir na prateleira do leite.
- Ah! Já vai? Então, só uma última coisa. Que horas são mesmo?
- 21h23 [após meter a mão na bolsa e pegar o celular de novo].
- Valeu o papo, garota. Se for ao Rio...
- Aham...
- Tchau.
- Tchau.
Oito minutos de conversa de padaria ou breve teste de boa vontade com o guri na tentativa de um dia me tornar melhor.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."
(Ausência, Carlos Drummond de Andrade)
domingo, 9 de março de 2008
sábado, 8 de março de 2008
sexta-feira, 7 de março de 2008
- E ai, beleza?
- Beleza.
- O que tem feito de bom?
- Nada, praticamente.
- Nada como?
- Nada, nada.
- Mas por que isso?
- Falta vontade.
- Sério?
- É sério, claro.
- Mas não tem vontade de nada?
- Não... ou melhor, tenho sim.
- De que então?
- De sair correndo.
- Correndo pra onde?
- Não faço idéia, mas tenho vontade.
- E, por que não faz?
- Não sei. Acho que [ainda] é preciso ficar.
- Meu Deus, e quem é que entende essa criatura?
- Ninguém.
- Beleza.
- O que tem feito de bom?
- Nada, praticamente.
- Nada como?
- Nada, nada.
- Mas por que isso?
- Falta vontade.
- Sério?
- É sério, claro.
- Mas não tem vontade de nada?
- Não... ou melhor, tenho sim.
- De que então?
- De sair correndo.
- Correndo pra onde?
- Não faço idéia, mas tenho vontade.
- E, por que não faz?
- Não sei. Acho que [ainda] é preciso ficar.
- Meu Deus, e quem é que entende essa criatura?
- Ninguém.
quinta-feira, 6 de março de 2008
quarta-feira, 5 de março de 2008
terça-feira, 4 de março de 2008
Até o estado de tontura eram voltas e mais voltas. Corria sempre ao seu redor. Algumas dezenas de quilômetros para lugar nenhum. Nem sequer cogitaria uma parada. Pois, estava clara a lembrança. Etérea mesmo é essa vida. Ela se evapora com o passar do tempo. E, muitas vezes, nem sequer consente ir atrás do que se foi.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Naquela manhã de segunda, ao lançar o cuspe no chão da Avenida Cruz Cabugá, o motorista da caminhonete da Secretaria de Saúde da prefeitura do município de Tacaimbó (PE) nem imaginava que a saliva viraria vapor antes mesmo de chegar ao calor do asfalto.
É que o Recife anda mais quente nos últimos dias.
É que o Recife anda mais quente nos últimos dias.
domingo, 2 de março de 2008
sábado, 1 de março de 2008
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Para cozinhar o nada. Pegue o turbilhão de idéias mal acabadas. Coloque em uma panela untada com muita paciência. Ponha em seguida a cabeça em um fogo bem brando. Acrescente aquele temperamento explosivo. Espere o tempo necessário para o conteúdo começar a pipocar. Tenha bastante cuidado para não mexer muito na consciência. E, atenção redobrada para a hora certa de se desligar de tudo. Você não vai perder a consistência. Ou, muito menos, deixar queimar. [receita improvisada]
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
O dia da quarta foi repleto de referências à loucura. Primeiro, uma discussão sobre um filme. Em nova situação, surge a curiosidade:
O destino do louco é outro na porta? Ou apenas a solidão?
O destino do louco é outro na porta? Ou apenas a solidão?
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Havia um tempo que sentia lentamente aquela corrosão. Não tinha a certeza do que motivava o processo. Talvez as paredes tinham se desgastado com o tempo. Provavelmente pela falta de cuidado. Ou então, era outra a verdadeira culpada. A angústia talvez. Não se sabe ao certo. Só uma coisa é verdade. Conhecia aquela dor. Uma dor assim aguda [crônica]. Não se recorda bem do começo. Mas na memória jamais esteve livre da sensação. Perfurava-lhe desde o início. Aquilo aos poucos lhe tomou conta. E por ali ficou.
Havia um tempo que sentia lentamente a corrosão. Não tinha certeza o que motivava o processo. Talvez as paredes tinham se desgastado com o tempo. Provavelmente pela falta de cuidado. Ou então, era uma angústia crônica a grande culpada. Não se sabe ao certo. Jamais se viu livre daquela sensação. Uma coisa é certa. Já não se recorda do início. Mas aquilo aquilo lhe tomou conta.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Saudade. Da chuva. Aliás, do banho de chuva. Daqueles tomados com uma vontade honesta. Como em uma brincadeira de criança. É. Era assim mesmo. Era sim. Na minha infância. Costumava sentir o cheiro da chuva. Do chão quente e úmido. Molhado. Sentia e logo saia de casa. Era uma verdadeira disparada. Corria para a ladeira. Descalça. No meio da rua. Não usava as sandálias. Mas a esperança. Queria beber todos os pingos d’água. Como se fosse possível matar a sede. E era tão grande a minha sede. Era tudo mais fácil. Parecia-me tão simples. Eu só queria beber a chuva.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
domingo, 17 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
domingo, 10 de fevereiro de 2008
sábado, 9 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
* colcha * de retalhos * de costuras * tortas * em versos * livres * as palavras * soltas * repartidas * sem ordem * desorganizadas * de sentido * foscas * insistentes * o reflexo * ausente * o meu * o seu * um segundo eu * justamente * o oposto * o substituto * ideal * tão perfeitamente * imperfeito * até perder * a linha *
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Não berro mais porque perdi a voz. Ou acho que já enlouqueci. Falta a sanidade para não chamá-lo aqui. E para não dizer que hoje é dia de lua plena. Mas, na verdade, repleta está a minha cachola. Dos tantos tormentos. Cheia de tolices. Abarrotada de bobagens. Completa pela única lembrança. Ou pela falta dela?
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
domingo, 20 de janeiro de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
domingo, 13 de janeiro de 2008
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
domingo, 6 de janeiro de 2008
Não sabe andar sozinho. E, ainda não consegue falar com clareza. Mesmo assim, acaba de completar um aninho, o danado [do blog].
sábado, 5 de janeiro de 2008
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
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